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Cultura e Arte

Problema
A produção artística e cultural depende muitas vezes da viabilidade económica. Isto significa que se uma peça de teatro ou um concerto não for destinado à maioria das pessoas pode nunca ver a luz do dia. No entanto, todos sabemos que a produção artística e cultura é essencial para a identidade de um país e para a felicidade das pessoas. Fará sentido que algo de que nós gostemos deixe de existir simplesmente porque não agrada à maioria? Fará sentido que praticamente todos os artistas dependam da viabilidade comercial dos seus trabalhos para que os mesmos sejam publicados e publicitados?

Reflexão
Apesar de ser alvo de vários debates e de a cultura ser aquilo que normalmente sofre mais com as crises económicas, é aceite que deve ser algo que deve ser protegido e incentivado, aliás, a maior parte dos países mais desenvolvidos têm Ministérios da Cultura. Porém, os incentivos estatais não chegam a todos nem chegam para todos. Deverá ser apenas o Estado a assumir os apoios culturais a "fundo perdido"? Ou deverão as sociedades participar mais ativamente na proteção da cultura e da arte?

Solução
A Abílio Criativo é uma fundação cultural financiada pela cidade-estado de Abílio, porém qualquer pessoa pode contribuir e é incentivada a tal.
«A ideia é simples: a cultura tem de ter financiamento público, porque não pode ser pensada para dar lucro, mas sim como meio de transmissão de ideias e de emoções, de liberdade expressiva, e como tal não convém que seja privatizada; se eventualmente um artista tiver sucesso, dará lucro, caso contrário, o seu trabalho será divulgado, fica‑se sempre a ganhar. Esta fundação emprega igualmente críticos caça‑talentos, que, ao contrário dos demais (daqueles que apenas avaliam duas ou três coisitas por mês, que lhes aparecem à frente), percorrem o país em busca de talento, leem todos os livros que são publicados, veem todos os filmes e séries que estreiam, enfim, fazem o seu trabalho, ajudam o público a decidir relativamente a toda a oferta disponível, com base nas suas avaliações imparciais.»

A Abílio Criativo já ajudou algumas mentes criativas da Cidade de Abílio: produziu o primeiro álbum do Asdrúbal VoxPop, um rapper que residia num bairro de lata; e um filme (que estreará brevemente no mercado internacional) de uma jovem de 20 anos, que durante o secundário escreveu um guião, o qual foi descoberto por um dos caça‑talentos, o qual um ano depois estaria a produzir o seu filme. «A Abílio Criativo tem programas formativos para todas as idades, a brincar dizem que “aqui, os youtubers fazem coisas realmente de jeito e serão os próximos documentaristas ou produtores deste país”.»

Por isso, da próxima vez que tiver algum dinheiro à parte para ajudar alguém, pense em financiar um projeto cultural, seja através de crowdfunding, seja comprando um bilhete para um espetáculo ou um concerto ou comprando livros ou obras de arte de artistas locais. A arte sobrevive durante gerações, porém, tem de ser incentivada e financiada a fundos que nunca serão perdidos, mas sim investimentos no nosso conhecimento, nas nossas emoções e paixões e no nosso entretenimento!

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