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As vacas, os insetos e os peixes são nossos amigos!

Problema
A população mundial está a crescer, a procura por alimentação é crescente e, aos poucos, torna-se insustentável. Para alguns, a criação de gado é o mal de todos os males, gera metano em excesso que contribuí para as alterações climáticas, porém, a alternativa vegetariana, para além de não suprir todas as necessidades do ser humano, também se pode tornar insustentável porque promove a agricultura intensiva e até a desflorestação.

Reflexão
Será possível ter uma alimentação completa, saudável e de produção sustentável, que não ameace o planeta? Será que a solução está na mudança de hábitos alimentares? E se sim, estará na restrição ou na ampliação do espectro alimentar?

Solução
A agricultura intensiva inclui não só a produção de legumes e frutas, mas também a produção de animais para consumo. A fim de manter a sustentabilidade, em Cidade de Abílio tudo é regido por quotas. Todos sabemos que a União Europeia impõe quotas para as pescas, para evitar que alguma espécie fique em perigo. Pois bem, nesta utopia também a produção de gado, de legumes, de frutas e de insetos tem quotas! Assim, quando um cidadão se dirige a um supermercado, pode encontrar ou não carne de vaca ou de porco e, certamente, será raro encontrar fruta fora de época ou soja, que não é produzida em Portugal (o país irmão deste Estado).

Por outro lado, a produção de alimentos baseia-se num ecossistema bem definido que promove a sustentabilidade e a saúde:

  1. Diversidade: a pirâmide alimentar, regida pela dieta mediterrânica, é fortemente incentivada. Os cidadãos são aconselhados a seguirem-na, para que obtenham todos os nutrientes de que necessitam e evitarem sobrecarregar uma determinada indústria em específico. Aqui, também se inclui o consumo de insetos, uma das primeiras coisas a ser licenciada! A sua produção é, não só sustentável, como também os insetos são uma boa fonte de proteína. Na China é que sabem!
  2. A pesca é a rainha: não só a dieta mediterrânica o diz, mas a sustentabilidade também. Os oceanos compõem 71% da superfície da terra, têm milhões de peixes, criados pela natureza sem qualquer intervenção humana, tornando-a, possivelmente, a fonte alimentar mais sustentável do mundo. Como as embarcações da Cidade de Abílio são elétricas, a produção de peixe tem um impacto virtual de, aproximadamente, zero! Isto é incrível, não é? Como existem quotas, nenhuma espécie fica em perigo. E em termos de saúde, todos conhecemos os benefícios do peixe, certo? Assim, a maioria das refeições em Abílio são à base de peixe. E você? De que está à espera para comer mais peixe? Já agora, David Attenborough acredita que a alimentação à base de peixe pode ser a nossa salvação!
  3. Agricultura tradicional: já sabemos que em Abílio a desflorestação, a construção de barragens e o uso de pesticidas e fertilizantes não é necessário, pois a produção agrícola não é intensiva, mas sim tradicional, tal como os nossos avós faziam. Não existem (nem são permitidas) grandes herdades nas quais se produzem toneladas e toneladas apenas de uma só coisa. Para além disso, os animais estão completamente integrados neste sistema, pastam ao ar livre, limpando as ervas daninhas e estrumando as terras, dão ovos e laticínios, recursos virtualmente infinitos, e a produção é variada e à base da permacultura. Sim, pode ser chato um abiliense não encontrar cenouras ou mangas durante o ano todo, mas tem sempre outra coisa como opção! Para já, caro leitor que ficou impressionado e não vive nesta utopia, pode começar por tomar pequenas medidas como, por exemplo, consumir leite dos Açores de pastagem ou tornar-se num mini-agricultor com a sua própria mini-quinta (não se preocupe, os animais não são o problema, eles só "estragam" o planeta se estiverem em currais de produção intensiva e não no campo, se não acredita tem de ver este documentário!).

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